Ainda me considero iniciante na arte das agulhas. Já tricotei golas, um par de meias, xales (já perdi a conta de quantos) e até um regata. Mas, mesmo eu sendo adepta das agulhas circulares, ainda não havia me aventurado em uma blusa sem costuras.
Como primeiro projeto do tipo, escolhi a Montevideo, uma blusa topdown, como o próprio nome diz, feita de cima para baixo, começando pela gola. O modelo é de pala circular, onde os aumentos são feitos ao longo da pala, distribuídos pelas carreiras e não localizados em um só ponto, como no raglã.
Este projeto, ao meu ver, tinha algumas técnicas que iam além dos pontos meia, tricô e laçadas, mas decidi encarar. Teci e desmanchei algumas partes algumas vezes. Demorei bastante. Mesmo com alguns defeitinhos, fiquei bem orgulhosa ao terminá-la.
Logo no início da pala, desmanchei e recomecei porque os pontos estavam muito desparelhos. Quando iniciei a troca de cores, tive um pouco de dificuldade. A troca não estava boa, então comecei e recomecei várias vezes até ficar como eu queria e na troca de cores das mangas também não conseguia fazer com que ficasse legal. Mas não desisti e foram mais alguns começos e recomeços até que eu gostasse do resultado. Nas carreiras encurtadas não tive muita dificuldade, até porque a autora do design disponibilizou alguns vídeos para ajudar as pobres mortais, aqui 🤭.
Receita da Flor de Iris 
Cordões desparelhos 
A troca de cores ficou péssima no início 
O avesso estava ruim no início também 
Quando começa a tomar forma 🥰 
Tricô tranquilo: a cada carreira, um mate!
Acredito que esses projetos que envolvem técnicas mais avançadas, que requerem pesquisa e atenção, nos fazem crescer muito como tricoteiras. Mas com calma, cautela e sem neuras, conseguimos chegar aos nossos objetivos. Qualquer coincidência com nosso cotidiano é mera semelhança! Assim como na vida, o tricô é cheio de recomeços.
Blusa Montevideo
Padrão: Flor de Iris
Agulha: Tulip circular 4 mm – cabos de 40 e 80 cm
Fio: Merino Fingering Da Fazenda – cores 402 e 440
